quinta-feira, 2 de junho de 2011

Mais um pouco sobre os Druidas


Em todas as sociedades celtas, os druidas desempenharam um papel primordial. Aconselharam reis, ensinaram as ciências, dominaram a medicina e a astronomia. O druida foi sacerdote, juiz, protector e a memória do povo.

É normalmente representado com uma túnica branca, de foice na mão, a cortar o visco e aparece descrito em muitas histórias antigas, mas o próprio druida não deixou nenhum texto escrito
para partilhar a sua sabedoria e os seus conhecimentos.

Sem dúvidas, os druidas eram uma comunidade de sábios e deixam poucos vestígios materiais da sua existência. E para reconstruir a história dos Druidas e encontrar a sua mensagem, apenas dispomos, infelizmente, dos testemunhos de autores ao serviço do império romano e de histórias compiladas pelos monges Irlandeses, Bretões e Gauleses da Idade Média; documentos tantas vezes suspeitos, mas inúmeros e vindos de horizontes diferentes, permitem verificações, e por vezes, algumas das suas informações são confirmadas pelas descobertas arqueológicas. Deste modo, os historiadores, os linguistas e os arqueólogos, reconstituem a pouco e pouco a sua herança perdida.

A sabedoria dos Druidas soube tornar os celtas despreocupados, livres e alegres. O seu destino pessoal numa batalha deixava-os indiferentes. Nada se perfilava no horizonte da sua passagem pela Terra. Uma outra vida feliz, sem inferno nem purgatório, esperava-os no Outro Mundo.

Sabe-se pelos relatos dos celtas insulares, que este Outro Mundo, espécie de universo paralelo, "o Sid", podia simbolicamente situar-se numa ilha do oceano, no extremo ocidental; ali, onde desaparece o Sol ao anoitecer, estava a Ilha; ou ainda ser imaginada no norte do mundo como a ilha de Avalon.

Todos os anos, no 1º de Novembro, a festa de Samhain, que marcava o início do ano celta, o tempo e o espaço deixavam de existir e os dois Mundos comunicavam-se.

As elevações neolíticas, as áreas cobertas, os túmulos, os dólmens, com corredores, serviam de ponto de contacto privilegiados com o mundo dos idos, prova de que os Celtas e os Druidas não tinham a menor dúvida sobre a antiguidade e a função funerária destes monumentos.

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