domingo, 9 de outubro de 2011

"A FALA DO MAIS ALTO"


Vi-me suspenso naquela árvore batida pelo vento,
Ali pendurado por nove longas noites,
Por minha própria lâmina ferido,
Sangrando para Odin,
Eu, uma oferenda a mim mesmo:
Atado à árvore
Que homem nenhum conhece
Para onde vão suas raízes.

Ninguém me deu de comer,
Ninguém me deu de beber.
Perscrutei as mais terríveis profundezas
Até vislumbrar as runas.

Com grito estentóreo as ergui,
E então, tonto e desfalecido, caí.

Bem-estar eu conquistei
E também sabedoria.

Cresci, alegrando-me do meu crescimento:
De uma a outra palavra,
Fui levado a uma palavra,
De um facto a outro facto.


Do Escandinavo "Antigo A Edda Poética" (cerca de 1200 d. C.)

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