segunda-feira, 21 de junho de 2010

Festival do Solstício de Verão


O Solstício de Verão (Midsummer, Alban Hefin ou Litha), também conhecido como Dia de São João, na Europa, marca o dia mais longo do ano, quando o Sol está no seu zênite.

No paganismo, esse dia simboliza o poder do Sol, que marca um importante ponto decisivo da Grande Roda do Ano, pois, após o Solstício do Verão, os dias tornam-se visivelmente mais curtos.

Em certas tradições wiccanas, o Solstício de Verão simboliza o término do reinado do ano crescente do Deus Carvalho, que é, então, substituído pelo seu sucessor, o Deus Azevinho do ano decrescente (o Deus Azevinho reinará até ao Sabbath de Inverno, do Natal, o dia mais curto do ano).

O Solstício de Verão é uma época tradicional, em que os pagãos colhem as ervas mágicas para os encantamentos e poções, pois acredita-se que o poder inato das ervas é mais forte nesse dia. É o momento ideal para as divinações, para os rituais de cura e para o corte de varinhas e bastões.

Todas as formas de magia (especialmente as do amor) são também extremamente potentes na véspera do Solstício do Verão, e acredita-se que aquilo que for sonhado nessa noite se tornará realidade para quem o sonhar.

Os alimentos pagãos tradicionais deste Sabbath são os vegetais frescos, frutas do Verão, pão de centeio integral, cerveja e hidromel.

Incensos: olíbano, limão, mirra, pinho, rosa e glicínia.
Cores das velas: azul, verde.
Pedras preciosas: todas as pedras verdes, especialmente a esmeralda e o jade.
Ervas tradicionais: camomila, cinco-folhas, sabugueiro, funcho, cânhamo, espera, lavanda, feto masculino, artemísia, pinho, rosas, erva-de-são-joão, tomilho selvagem, glicínia e verbena.



Alguns antigos costumes do Solstício de Verão

- Na Europa, as celebrações deste sabbath foram absorvidas pela festa cristã de São João, cujo nome originou-se a partir da erva usada para fins curativos e mágicos, como protecção ou para proporcionar sonhos e presságios.

- As homenagens aos seres da Natureza ou às divindades naturais também foram substituídas pelas populares e folclóricas festas juninas.

- Antigamente, os casamentos eram celebrados em Junho para garantir-se a fertilidade, sendo esta, uma data muito propícia, embora diferente de Beltane, que era reservada aos rituais de fertilidade e ao Casamento Sagrado das divindades.

- Em Creta, o Ano Novo começava no Solstício de Verão, marcando o fim da colheita do mel. Para os cretenses, o zumbido das abelhas era a voz da Deusa anunciando a sua regeneração. O touro personificava o Deus e, ritualisticamente, era sacrificado para simbolizar a sua morte e o seu renascimento das entranhas da Terra. A lenda do Minotauro representa nada mais nada menos do que a descida simbólica à escuridão, encarando os medos e encontrando os meios da regeneração, ao seguir o fio da vida tecido pela Deusa.

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